Noções de Vigilância Sanitária pra quem é cri-cri

Esse blog vai tratar de noções de vigilância sanitária que podem ser aplicadas à vida de qualquer pessoa, de forma a alertar sobre o risco inerente ao dia-a-dia. Vai falar de normas e leis, zoonoses (o que é isso?!), compartilhar experiências, situações absurdas, e tirar dúvidas que interessam a qualquer um que preze por sua saúde e de sua família.




segunda-feira, 22 de abril de 2013

Sabemos como a venda de alimentos por ambulantes é cultural no Brasil. Quem nunca comprou pipoquinha, amendoim, churrasquinho e até pratinhos na velha pracinha?



A questão é que esses alimentos, se não forem bem manipulados e acondicionados, oferecem muito risco pra quem consome. Confira o que você deve atentar na hora de comprar comida de um ambulante:

1. Dificilmente vai ter uma pia pra lavagem de mãos. Verifique se a pessoa que te serve não é a mesma que recebe o dinheiro, e se ela usa equipamentos de proteção individual, como luvas, touca, etc.

2. A carne do espetinho NÃO PODE ficar em temperatura ambiente por muito tempo. Isso porque a dinâmica tempo x temperatura favorece o crescimento e multiplicação de bactérias patogênicas, que causam doenças. Assim, os espetinhos com a carne crua devem estar pelo menos em isopor com gelo pra evitar que  isso aconteça.

3. O mesmo funciona pra comida pronta. Ou fica refrigerado (temperatura < 5ºC) ou aquecido, em banho maria ou no fogo (temperatura >60ºC).

4. Prefira alimentos que ficam protegidos, em recipientes com tampa. Isso porque a circulação de pessoas é muito grande e não será difícil encontrar "surpresinhas" na comida, como fios de cabelo, moscas, mosquitos. Além disso, as pessoas podem falar, tossir, espirrar em cima do alimento, veiculando vírus e bactérias.

5. Nenhum alimento pode estar diretamente no chão, nem panelas, depósitos ou recipientes contendo alimentos. O mesmo serve para bebidas: estando no chão é provável que pisem em cima, passem ratos, bratas, etc. Tudo precisa estar e cima de estrados ou mesas.

6. O uso de bisnagas para maionese, ketchups e molhos foi proibido pela lei 9511, de 23/10/2009. Atualmente, só é permitido o uso de sachês.

Fique de olho!!!

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Comprei um produto estragado...e agora?

Sábado passado (15), fui com umas amigas fazer um picnic ali no Parque do Cocó. Nos reunimos em frente ao supermercado ali perto, compramos algumas coisas e descemos pra trilha. Dentre essas coisas, compramos um leite achocolatado de saco.

Qual não foi minha surpresa ao chegar no local do picnic, abrir o leite e perceber que estava estragado. E agora? Primeiro, fiquei com muita raiva, claro. Pensei em voltar lá e exigir a troca. Mas quando percebi o quanto era longe, desisti. O que fazer? Creio que todos nós passamos por situações como essa todos os dias.

Primeiro de tudo, olhei a data de validade. Na verdade, essa deve ser uma preocupação do supermercado. Ele não pode, em HIPÓTESE ALGUMA permitir que um produto vencido esteja exposto à venda. Sob pena de ter o produto apreendido e levar uma multa bem bonitinha. Se, por acaso, estiver próximo ao 'Best Before', ele deve deixar bem claro ao consumidor "ESTE PRODUTO ESTÁ PERTO DA DATA DE VENCIMENTO". Já vi supermercados fazerem isso, vendendo o produto com um certo desconto. De qualquer forma, olhei a data. Estava dentro do prazo.

Como eu estava em programação com amigas e tão cedo não iria voltar ao supermercado, não poderiamos ficar segurando a embalagem pra depois levar pra reclamar.Infelizmente, jogamos no lixo. Mas o ideal é que tivéssemos guardado a embalagem (de preferência com o produto ainda dentro dela, pra servir de prova). O consumidor tem todo direito à troca! EXIJA um produto novo e em boas condições (artigo 18 do Código de defesa do consumidor).

Qual terá sido o erro? Talvez o leite tenha chegado ao supermercado já naquelas condições, ou talvez tenha chegado em boas condições, mas pelo mau acondicionamento (por exemplo, temperatura de resfriamento inadequada) o produto tenha estragado. Como saber quem é o culpado? Eu digo: ambos! Tanto o produtor como o distribuidor têm co-responsabilidade sobre a qualidade dos produtos que expõem á venda.

" Todo distribuidor ou representante comercial deve apresentar Carta de Co-responsabilidade válida do fabricante da marca ofertada, informando que naquele ato o representa, devendo constar quanto à manutenção do preço, prazo de entrega, quantidade total ofertada e validade do medicamento a ser entregue na Instituição.(Portaria/MS nº 2.814/98, parágrafo 3º, artigo 5º - Versão Republicada em 18/11/1998). "

 
É por isso que vez por outra você vê nos supermercados representantes de empresas (Sadia, Perdigão, etc) conferindo as geladeiras e freezeres. Eles realmente levam isso à sério, pois ambos respondem em casos como esses. Por isso, é adequado anotar o NÚMERO DO LOTE DO PRODUTO e enviar uma reclamação à SAC do produtor. Ele precisa saber que algo está errado, ou outras pessoas também serão prejudicadas.

Caso ambos se recusem a tomar iniciativa, você pode acionar a Vigilância Sanitária da cidade e denunciar, pedindo uma fiscalização. Os ficais irão até o local fazer uma averiguação das condições gerais do estabelecimento, bem como coletar amostras para análises. Nesse caso, guardar o produto estragado como prova ajuda muito.


Já vi casos em que o consumidor sofreu não só o choque de encontrar objetos estranhos no alimento, como adoeceu por isso. E o direito dele é de ser indenizado pelos danos. Como consumidores, não podemos deixar passar em branco nosso direito. Infelizmente, o que vemos em geral é o completo descaso dos produtores quando vamos reclamar de algo. Enviei um email pra empresa produtora do leite que comprei, informando o fato e explicando os riscos e consequências disso. Nenhuma resposta até agora...


Um amigo meu comprou uma caixa de chocolate, e encontrou larva de mosca logo no primeiro que abriu. O que a empresa produtora fez? Prometeu enviar para seu domícílio UM chocolate igual ao que veio danificado...Palhaçada? Eu acho...Quer ler mais? Veja o caso em que o consumidor encontrou UM RATO dentro de uma polpa de tomate: http://www.dollyverdade.com/pdf/2006/diariodograndeabc_1103.pdf

E esse é só um dos casos...Por isso, DENUNCIE!



ANOTE O NÚMERO DA VIGILÂNCIA SANITÁRIA DE FORTALEZA: 31015285



Tô de ooolho!




quarta-feira, 14 de setembro de 2011

DOCE MEL!

Fonte: MdeMulher

Quem nunca chupou aquele melzinho de sachê praticamente não teve infância. O mel é um produto saboroso, nutritivo e muito utilizado na alimentação infantil.

 Entretanto, precisamos ter cuidado com o que chamamos de 'mel artesanal', aquele que foi produzido em alguma fazenda/estabelecimento sem nenhuma tecnologia. Embora muitos prefiram esse tipo de mel, por acharem mais natural e mais saudável, precisamos entender os riscos relacionados à esse tipo de produção.

O mel produzido artesanalmente está relacionado com uma toxinfecção chamada BOTULISMO. Esta é causada pela Bactéria Clostridium botulinum e seus esporos (uma forma de resistência às condições adversas). Pode acometer adultos, quando estes ingerem produtos contaminados com a toxina pré-fabricada pela bactéria, ou crianças, que ingerem alimentos contaminados com os esporos dessa bactéria, que, ao chegar no trato gastrintestinal, voltam à sua forma vegetativa e produzem a toxina botulínica. Essa toxina tem como alvo o bulbo (estrutura do encéfalo, responsável pelo controle cardiorespiratório) e os músculos, impedindo sua contração e causando um tipo de paralisia chamada paralisia flácida, chamada de "Síndrome do bebê mole"(caracterizada pelo 'amolecimento' da musculatura - foto abaixo., retirada do blog Cantinho da terceira idade),
Paralisia flácida infantil

No final da década de 90, houveram muitos surtos associados ao botulismo, causando inclusive um alto índice de morte súbita, inicialmente diagnosticados como morte de berço.  A toxina compromete cordas vocais e glote, fazendo com que a criança tenha disfonia (choro miado de gato), visão distorcida e dupla (diplopia) e ptose palpebral (pálpebra caída).


O risco da produção artesanal de mel está na possibilidade de contaminação deste com poeira e solo, que podem conter os esporos do Clostridium botulinum. Não há como saber se essa produção é feita de forma correta, obedecendo aos princípios de Boas práticas de fabricação e higiene alimentar; tudo isso associado à precariedade da fiscalização desses estabelecimentos. É comum a comercialização do mel inclusive contendo ainda pedaços de favo, que, por sua vez, pode também ter tido contato com o solo. E esse mel vai pra onde? Justamente pro alimento da criança. UM PERIGO!

Produção artesanal de mel



Por isso, é extremamente importante ter cuidado com essas produções 'de fundo de quintal', pois nem sempre o alimento mais natural é mais saudável e seguro. O botulismo adulto está mais relacionado ao consumo de produtos enlatados, onde há contaminação do alimento com toxinas pré-formadas, mas isso é assunto de outro post. Fiquem de olho...porque eu...


Tô de oooolho!!!


terça-feira, 6 de setembro de 2011

CQC fala sobre veterinário na inspeção de carnes

No Programa CQC de ontem, Danillo Gentili falou sobre a "inutilidade" de um projeto de lei que exige que as carnes fornecidas nos açougues de São Paulo sejam inspecionadas por veterinários. A atuação do Médico Veterinário na fiscalização sanitária e promoção da saúde pública foi exposta com deboche e falta de respeito ao trabalho desse profissional. Inclusive fizeram uma encenação onde um suposto veterinário ausculta um corte de carne com estetoscópio.

Muita inteligência pra fazer piadas e pouco conhecimento sobre os riscos que uma carne não inspecionada traz.

O QUE TEM A VER UMA CARNE QUE EU COMO EM UM CHURRASCO COM A PROFISSÃO DO MÉDICO VETERINÁRIO?


A carne que você come em um churrasco passou por, no mínimo, dois veterinários:

- Um no início da produção, onde o veterinário zela pela sanidade do animal, como vacinação, controle de doenças, manejo reprodutivo, controle de veminoses, melhoramento genético (fazendo com que os animais produzam carne, leite, ovos de melhor qualidade e em maior quantidade) e controle de zoonoses, que são doenças que podem ser transmitidas ao homem (a lista é enorme!). Um veterinário nesse ponto faz com que o produto de origem animal seja de boa qualidade.


- Outro no final da produção, durante o abate, onde irá garantir que o abate seja feito da forma menos sofrida possível para o animal (existe um manual do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento a ser seguido rigidamente); dentro dos padrões sanitários (incluindo não só o estado do animal, como também a forma de transporte deste e de seus produtos, o local de armazenamento, a forma de distribuição, etc).



O QUE FAZ UM VETERINÁRIO EM UM ABATEDOURO?


O médico veterinário irá inspecionar a qualidade do produto que irá para a mesa do consumidor, vistoriando o estado e a qualidade destes como também a presença de possíveis agentes causadores de doenças. Por isso é essencial que não se compre carne de abatedouros de fundo de quintal e que não sejam devidamente registrados e autorizados a funcionar.

O risco é grande, podendo incluir risco de morte, no caso de alguns patógenos.






PORQUE É NECESSÁRIO UM PROJETO DE LEI EXIGINDO A INSPEÇÃO DOS PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL POR UM VETERINÁRIO?


Francamente? Porque aos olhos do produtor, produzir dentro dos padrões sanitários e certificados de que são próprios para o consumo sai MUITO CARO, pois há necessidade de profissionais como médicos veterinários, engenheiros de alimento, nutricionistas, entre outros; que irão exigir rigidamente que todos os equipamentos utilizados bem como o ambiente de produção estejam isentos (ou em quantidades aceitáveis) de contaminantes.

Isso inclui gastos com reformas de piso, teto, parede, equipamentos, de modo a estarem dentro dos padrões; gastos com análises microbiológicas da água e dos produtos; e DESCARTE (creio que a palavra mais detestada pelos produtores) daqueles produtos que não estão dentro do exigido.


É por isso que há diferença no preço de uma carne comprada em qualquer lugar para outra comprada em um estabelecimeto registrado e devidamente certificado. A diferença do valor você paga com sua saúde prejudicada.


Danilo Gentili,
TÁ PAGANDO? EXIJA!


Tô de ooolho!

sábado, 20 de agosto de 2011

JUNTOS PELA QUALIDADE DO QUE COMEMOS!





Você quer saber as experiências ruins no ramo de alimentos? Quer se prevenir como consumidor na hora de ir pra restaurante "x", padaria "y"...?

Quer ser exigente e fazer jus ao dinheiro que você gasta com comida por aí?



Participe do Grupo "COMEU MORREU" no facebook, excelente iniciativa do Prof. Claudio Lima (Inspetor Saúde). Veja mais:


"BacDonald´s", são todos os restaurantes que vendem bactérias na comida por falta de higiene!!! AQUI VOCÊ DENUNCIA QUE COMEU NUM LUGAR E A COMIDA ESTAVA RUIM OU CONTAMINADA. VOCÊ PASSOU MAL.FOI MAL ATENDIDO etc. " VAMOS ACABAR COM QUEM QUER VENDER COCÔ (COLIFORMES FECAIS!!!)".

sexta-feira, 8 de julho de 2011

VETERINÁRIO NO NÚCLEO DE SAÚDE DA FAMÍLIA?

Microsoft Word - NT 20 NASF.doc
Todo mundo sabe da existência do NASF (Núcleo de apoio à Saúde da Família), que atua no PSF (Programa de Saúde da Família); que visam atuar em postos de saúde de municípios, aumentando a abrangência das ações de atenção básica do SUS. Mas qual a importância desses postos de saúde? E qual a importância de haver médico veterinário nessa equipe? Saiba agora!



 
Microsoft Word - NT 20 NASF.doc
 A Política Nacional de Atenção Básica foi aprovada pela Portaria N° 648/GM de 28 de março de 2006, estabelecendo diretrizes e normas para o funcionamento do Programa de Saúde da Família (PSF) e Programa Agentes Comunitários de Saúde (PACS). 

Microsoft Word - NT 20 NASF.doc
Esse programa visa dar atenção básica de saúde às comunidades e DESCENTRALIZAR o serviço apenas do hospital. Você consegue perceber a importância disso? 




Trocando em miúdos: se cada vez que alguém quebrar um dente, torcer o pé, tiver dor de barriga ou quiser atendimento preventivo correr para um hospital (que às vezes nem tem em sua própria cidade), a conseqüência disso será hospitais super lotados por motivos menos importantes. Se a super lotação já é um problema sério de hospitais públicos, imagine nessa situação. 



Assim, os postos de saúde existem para dar essa atenção primária, além de medidas preventivas, de forma a reduzir a demanda dos hospitais e encaminhar apenas os casos que não possam ser resolvidos no posto. 

Microsoft Word - NT 20 NASF.doc
O NASF funciona com uma equipe básica, multiprofissional, com no mínimo, cinco profissionais a ser definido pelos gestores municipais de acordo com a necessidade do município. As profissões que compõem o NASF vão das mais básicas e essenciais às mais especializadas: médico, enfermeiro, dentista, assistente social, fisioterapeuta, nutricionista, terapeuta ocupacional, psicólogo, educador físico, farmacêutico, fonoaudiólogo, ginecologista, acupunturista, homeopata, pediatra e psiquiatra. E agora, o Ministério da Saúde ampliará este elenco de profissões, com a possibilidade de incluir nessa equipe profissionais como o médico veterinário e o sanitarista. Nesse âmbito, além de poder exercer clínica de animais de pequeno e grande porte, poderá principalmente atuar nas áreas de Vigilância sanitária de produtos de origem animal (queijo, leite, carne, ovos, etc), fiscalização de abatedouros e no controle de zoonoses (doenças transmitidas por animais a homens).




Microsoft Word - NT 20 NASF.doc
E a importância disso? Quem por exemplo sabe de onde veio a carne que comeu ou o leite que bebeu recentemente? Será que foi aprovado pelo controle de qualidade e que é um produto que foi fiscalizado por um profissional competente? Você sabe a que tipos de processos esse produto foi submetido? Por isso, a inclusão do veterinário no NASF é uma boa notícia tanto para os profissionais da área como para a população, que vai poder usufruir desses serviços básicos e essenciais com maior qualidade. Por isso, fique atento e exija seus direitos.


To de ooolho!

 

 
 
 



quarta-feira, 11 de maio de 2011

Boas práticas da alimentação - fora de casa

Há quem diga que comida de fora é sempre mais gostosa. Tem pessoas que não resistem a um churrasquinho na calçada. O sushi e aqueles mousses de supermercado, então... E quem nunca comeu pastel com caldo de cana na rodoviária ou tomou água de coco no meio da rua? Quem nunca comprou cocada, brigadeiro e cachorro quente de ambulantes? É “bom, bonito e barato”! Mas muitas vezes, o barato pode sair caro. Confira algumas dicas pra sua saúde não correr risco!



1. Preste bem atenção à data de validade de tudo o que for comprar

Pode até parecer feio chegar em um estabelecimento e agir como se não confiasse nele. Mas embora o proprietário e os funcionários sejam responsáveis por manter os produtos em bom estado, sabemos que isso nem sempre é possível. Por isso, sempre desconfie, mesmo de supermercados de grande porte. Olhe a data de validade, veja a cor, o cheiro e preste muita atenção ao sabor. Alguns alimentos estragados têm aquele cheiro que lembra amônia. E reclame! Não fique constrangido se encontrar materiais estranhos. E não caia na “é culpa do fabricante, já veio assim de fábrica”...pois o produto que está à venda naquele estabelecimento é de responsabilidade tanto do fabricante como do distribuidor (você sabia?)




Boas práticas na manipulação de alimentos. Devemos imitar o que é bom.
Fonte: http://sandranutricionista.blogspot.com/


2. Observe se o vendedor lida com dinheiro e com o alimento, e se há local para higienizar as mãos.

Se você for comprar algo da rua, provavelmente o vendedor que lidará com o dinheiro será o mesmo que irá servir o alimento. Observe se ele coloca luvas para manipular a comida, pois sabemos que o dinheiro, por ser de grande circulação carrega muitos microorganismos que podem – e irão – contaminar seu alimento. Opte por você mesmo pegar o produto; em alguns casos, opte por nem comprá-lo, pois se ele não tem higiene ao servir, como será que deve ter preparado? Naquelas carrocinhas que vendem cachorro-quente, por exemplo, evite comprar se perceber que não há lugar para higienizar as mãos.


Se não for da rua, preste bem atenção enquanto o produto estiver sendo manipulado. O funcionário está adequadamente trajado (avental, luvas, touca...)? As condições de limpeza da cozinha são boas? O estabelecimento em si é limpo? Pense comigo, se a área de circulação de clientes (que é o local que deve estar mais limpo para causar boa impressão) for suja, provavelmente a cozinha (que geralmente é restrita aos funcionários) deve ser pior ainda.



3. Evite comprar alimentos que estejam expostos

Sim, até mesmo o sushi e os pãezinhos da padaria. Sem proteção nenhuma, não dá. Você não tem como saber há quanto tempo ele está exposto, se durante esse tempo algum inseto pousou ou se alguém falou ou tossiu perto dele.



4. Nunca, eu disse NUNCA pense que ‘porque nunca deu problema, nada deve estar errado’.

Isso é péssimo! Tem gente que corre risco consciente. Sabe que o lugar é sujo e que o produto não é confiável, mas como nunca teve problema, continua comprando. Muito cuidado! Talvez você tenha adoecido por causa dele e não tenha associado, ou até seja portador de determinado microorganismo patogênico e não tenha desenvolvido os sintomas. Isso pode ter conseqüências graves pra sua saúde. É sempre melhor optar pelo que é bom. Consumidor consciente é consumidor exigente.


Tô de ooolho!


Quer saber mais? Leia nota no jornal O Estado Comida de Rua: mitos e verdades, escrita pelo prof. Cláudio Lima, Inspetor Saúde. Recomendadíssimo!